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Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Quem foi Tiradentes e por que hoje é feriado no país?

21 de Abril de 2023 as 05h 59min

Sentenciado por traição, foi morto por enforcamento, e sua execução aconteceu nessa data em 1792

Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), ou Tiradentes, foi um dos participantes da Inconfidência Mineira, movimento cujo objetivo era proclamar a capitania de Minas Gerais como uma República independente.

Sentenciado por traição, recebeu como pena a morte por enforcamento. Sua execução aconteceu no dia 21 de abril de 1792. Posteriormente, essa data se tornou feriado nacional em sua homenagem. Ao longo da história, a figura de Tiradentes foi ganhando diferentes interpretações.

Desde o golpe da República em 15 de novembro de 1889, Tiradentes foi transformado em herói nacional. Afinal, ele era o homem perfeito para simbolizar a luta contra a monarquia que acabava de ser derrubada.

Deste modo, a cidade onde Tiradentes nasceu em Minas Gerais, a Vila de São José, mudou seu nome já em 3 de dezembro de 1889. No ano seguinte, o campo da Lampadosa, onde ele havia sido executado, recebeu o nome de Praça Tiradentes. Mais tarde, em 9 de dezembro de 1965, no governo do general Castelo Branco, recebeu o título de patrono cívico da nação brasileira.

No período do governo militar, Tiradentes era retratado com barbas e cabelos compridos, à semelhança de Jesus Cristo. Curiosamente sempre levava a forca ao pescoço de modo a lembrar do preço que pagou por contestar a ordem vigente.

Atualmente, a figura de Tiradentes como líder do movimento tem sido questionada por muitos estudiosos. Ele teria sido apontado como o dirigente máximo da revolta pelos outros envolvidos, pois estes buscavam se livrar de suas responsabilidades.

APELIDO

Durante sua vida, Tiradentes teve várias profissões. Entre elas foi tropeiro, comerciante, minerador e militar. Porém, o apelido surgiu quando começou a arrancar os dentes das pessoas, prática realizada por pessoas não especializadas na área da saúde antes do desenvolvimento da odontologia no Brasil. Como, naquela época, a profissão de dentista se resumia em "tirar dentes", acabou ganhando a alcunha de "tiradentes".

CONTEXTO

Tiradentes aderiu ao movimento quando era militar e tinha o posto de alferes. Por ser considerado um excelente comunicador, foi responsável por conquistar adeptos para a causa revolucionária. O movimento da Inconfidência Mineira (ou Conjuração Mineira) foi articulado por contratadores que temiam a Derrama, prática de cobrança de suas dívidas pela Coroa portuguesa.

Tratava-se de um ato do governo português, onde todos que tinham débitos com a Coroa deviam acertar suas contas ou teriam seus bens confiscados. Desta forma, os contratadores que tinham dívidas com Portugal se reuniram e buscaram uma solução para impedir esta ação.

Assim, durante as reuniões, foi decidido que o melhor meio para evitar os abusos de autoridade era transformar Minas Gerais numa república independente de Portugal.

O grupo de conspiradores era composto pela aristocracia mineira e entre eles havia coronéis, poetas e advogados, que traçavam planos para tomar o controle da Capitania de Minas Gerais e abolir as taxas impostas pela coroa portuguesa.

Tiradentes era um dos únicos integrantes que não fazia parte da elite econômica mineira. Essa é uma das explicações que os historiadores encontraram para explicar o fato de ele ter sido o único punido com a pena de morte.

Em 1789, entretanto, o movimento foi delatado por um dos seus membros, Joaquim Silvério dos Reis. Em troca, ele pediu o perdão de suas próprias dívidas e benefícios para sua família. As autoridades suspenderam a Derrama, passaram a perseguir os participantes e estes foram presos e julgados.

Os bens de Tiradentes foram confiscados, sua casa queimada e a terra salgada - tornando-a imprópria para o cultivo -, castigo comum que a Coroa portuguesa destinava aos condenados por traição.

Na prisão, foi apontado pelos outros participantes como líder do movimento, embora isto não fosse verdade. Mesmo assim, ele assumiu toda a responsabilidade e conseguiu proteger os companheiros.

CONDENAÇÃO E MORTE

Os participantes foram condenados à morte, mas tiveram suas penas transformadas em degredo (expulsão do país). Somente Tirantes foi condenado à morte, pois dentre os conspiradores, era o que tinha a patente militar mais baixa. Foi sentenciado por traição contra a rainha, condenado à forca e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo da Lampadosa, no Rio de Janeiro.

Além disso, foi esquartejado e partes do seu corpo expostas na estrada que conectava o Rio de Janeiro a Minas Gerais.

Fonte: DA REPORTAGEM

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