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Segunda Feira, 16 de Junho de 2025

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R$ 601 MIL: Ex-deputado, 2 ex-prefeitos e mais 6 são alvos de operação

23 de Agosto de 2019 as 07h 06min

Valtenir Pereira é um dos alvos da operação – Foto: Assessoria

DA REPORTAGEM

A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta quinta-feira (22) a segunda fase da “Operação Tapiraguaia”, que visa desmantelar um esquema de desvio de recursos públicos federais e pagamento de propinas nas prefeituras de Confresa e Serra Nova Dourada.

De acordo com a PF, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e sete medidas cautelares em Cuiabá, São Félix do Araguaia, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Apiacás e também em Brasília. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças, que também determinou o sequestro de bens e valores.

Entre os alvos estão o ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB), que atualmente é suplente do deputado Carlos Bezerra e chegou a ocupar o cargo no início deste ano. Contra ele, teria sido cumprido um mandado de busca e apreensão. Também são alvos dois assessores, dois ex-prefeitos, uma presidente de comissão de licitação, dois engenheiros fiscais e um assessor jurídico.

Os investigados devem responder por organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e crimes licitatórios, podendo pegar até 40 anos de prisão.

 

INVESTIGAÇÃO

A segunda fase é resultado da análise dos dados bancários e dos objetos apreendidos durante a primeira fase da operação, ocorrida em 30 de janeiro deste ano. O material colhido aponta que o ex-deputado federal, no período entre 2014 a 2016, teria montado um esquema criminoso em conluio com empresários e prefeitos de Confresa e Serra Nova Dourada. Segundo a PF, cerca de R$ 601 mil teriam sido utilizados para pagamentos de propina.

Segundo a PF, as investigações mostram que o então deputado teria viabilizado a realização de convênios entre o Ministério da Integração Nacional – Secretaria Nacional da Defesa Civil e as prefeituras, amparando-se na justificativa de construção de pontes de concreto emergenciais, devido às enchentes provocadas pelas chuvas.

Os prefeitos, beneficiados com os recursos federais, realizariam licitações repletas de irregularidades, combinando previamente com os empresários contratados para a execução das obras. Conforme a polícia, os políticos exigiam propinas a essas pessoas, na medida em que fossem realizados os pagamentos.

A análise policial também cita emissão de cheques, entregas de dinheiro e até mesmo pagamento de boletos e contas dos gestores públicos (contas de energia, boletos de estabelecimentos comerciais, dívida em hotéis, etc). As obras da prefeitura de Confresa teriam gerado em torno de R$ 413 mil em propinas aos agentes públicos envolvidos, enquanto as de Serra Nova Dourada o montante de R$ 187 mil.

 

NOME DA OPERAÇÃO

O nome da operação faz referência à palavra “Tapiraguaia”, primeiro nome do município de Confresa. O termo é uma junção das palavras “Tapirapé” e “Araguaia”, dois rios da região norte mato-grossense.

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