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Risco de AVC pode aumentar 30% no inverno, alerta neurocirurgião
01 de Agosto de 2023 as 07h 19min
Uma das causas apontadas para o aumento desse tipo de ocorrência é a vasoconstrição – Foto: Divulgação
Dados do Instituto Nacional de Cardiologia mostram que as ocorrências de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem apresentar um aumento significativo de até 30% durante o inverno, principalmente em regiões onde as temperaturas são mais baixas, especialmente abaixo de 14°C. Segundo especialistas, uma das causas apontadas para o aumento desse tipo de ocorrência é a vasoconstrição.
Nesse período, o organismo reage ao frio intenso contraindo os vasos sanguíneos numa tentativa de preservar o calor corporal. No entanto, essa reação pode ter um efeito indesejado, dificultando a passagem do sangue e aumentando a pressão arterial, tornando o sistema cardiovascular mais vulnerável.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que o AVC é uma condição médica grave que ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro (AVC isquêmico) ou o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro (AVC hemorrágico). Essa interrupção no suprimento de sangue leva à falta de oxigênio e nutrientes nas células cerebrais, resultando em danos que podem ser irreversíveis.
“Existem vários fatores que contribuem para o aumento do AVC durante o inverno. Um dos principais é a vasoconstrição, ou seja, o estreitamento dos vasos sanguíneos em resposta ao frio intenso. Essa reação natural do corpo humano visa conservar o calor, mas também pode aumentar a pressão arterial e restringir o fluxo sanguíneo, tornando o cérebro mais vulnerável a um AVC”, alerta o médico.
Outro fator é a propensão ao sedentarismo durante o inverno. “As baixas temperaturas muitas vezes inibem a prática de atividades físicas ao ar livre, o que pode levar ao aumento do peso corporal e a outros fatores de risco para o AVC, como a hipertensão e o diabetes”, explica o neurocirurgião.
O especialista ainda ressalta que o grupo particularmente vulnerável são os idosos, que geralmente apresentam uma saúde mais delicada e uma maior predisposição a esses problemas. “Com o enfraquecimento do sistema imunológico, eles também estão mais suscetíveis a doenças respiratórias comuns no inverno, como gripes e resfriados, que podem agravar os riscos de AVC”.
A população deve estar alerta para os sinais e sintomas do AVC, que podem incluir fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender a fala, tontura, perda de equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Em caso de suspeita de AVC, é imprescindível procurar ajuda médica imediata, pois o tempo é um fator crucial para o tratamento e a recuperação.
Para prevenir o AVC no inverno, é essencial adotar medidas de proteção à saúde cerebral. “Manter-se aquecido em ambientes internos e externos, praticar atividades físicas, seguir uma alimentação equilibrada e evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, são passos importantes para reduzir os riscos”, alerta o especialista.
Além disso, o médico ressalta que é fundamental que grupos de risco, como idosos e pessoas com condições médicas pré-existentes, sigam rigorosamente o tratamento indicado por seus médicos, façam exames de rotina regularmente e adotem um estilo de vida saudável.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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