Romero não pode assinar pré-contrato com outro clube e deve renovar com Corinthians

16 de Julho de 2024 as 12h 47min

Romero tem contrato com o Corinthians até 31 de dezembro de 2024. O clube ainda não procurou o paraguaio para uma renovação, mas isso sequer pode ser necessário. O contrato de Romero prevê renovação automática por mais uma temporada a partir do cumprimento de uma de duas metas. Uma delas é determinada porcentagem de jogos em que o jogador participe.

Segundo apuração, o contrato de Romero será renovado automaticamente se ele tiver participando por pelo menos 45 minutos de 60% dos jogos oficiais do Corinthians em 2024. Neste ano, o atacante participou de 31 dos 38 jogos oficiais, com sete gols marcados e quatro assistências. Até o momento, o contrato do atacante caminha para a renovação automática.

Outra cláusula que renovaria o contrato de Romero automaticamente seria a conquista de um título, com exceção do Campeonato Paulista. Além do Brasileirão, o Timão está nas oitavas de final da Copa do Brasil e da Conmebol Sul-Americana.

Um ponto importante é que, diferentemente dos jogadores com contrato até o fim do ano, Romero não pode assinar um pré-acordo com outro clube, justamente pela possibilidade de renovação automática. Isso é considerado importante e uma forma de blindagem ao Corinthians para assegurar a permanência do jogador caso ele se destaque e desperte o interesse de outros clubes.

Ao todo, nas sete temporadas pelo Corinthians na soma das duas passagens, Romero tem 296 partidas, 55 gols marcados e quatro títulos conquistados, sendo o estrangeiro que mais atuou e o quarto atacante com mais jogos na história do clube.

PATROCÍNIOS

O Corinthians não conseguiu avançar nas negociações para venda do nome de seu centro de treinamento, possibilidade tratada como "bem adiantada" pelo presidente do clube, Augusto Melo, há seis meses.

Essa não é a única receita de marketing que estava prevista pelo clube e que não foi alcançada. O Corinthians projetava faturar R$ 263,2 milhões com patrocínios em 2024, mas terá de refazer o orçamento com uma previsão bem mais conservadora.

A venda dos "naming rights" do CT Joaquim Grava foi bastante comentada por Augusto Melo no início de seu mandato. Em 7 de janeiro, dia em que foi anunciado o acordo de patrocínio máster da VaideBet, o presidente declarou:

“Está muito bem adiantado, vem coisa boa aí. Quero que saibam da minha boca, estamos trabalhando forte para isso. Tem algumas interessadas. Vai ser um marco dessa administração e na nossa história. Com isso vou cumprir a minha promessa: o maior desejo é ampliar a nossa arena. Com essa receita vamos ampliar a arena”.

Apesar do discurso otimista do presidente, o departamento financeiro do Corinthians já não contava mais com essa receita para 2024. O problema é que outros recursos que estavam previstos não entraram.

Além do espaço principal da camisa, vago desde a saída da "VaideBet", há pouco mais de um mês, o Timão tem cinco propriedades vagas no uniforme: barra traseira da camisa, parte superior das costas, ombros, parte traseira do calção e meião.

O departamento de marketing, comandado pelo novo superintendente Vinicius Manfredi, espera fechar nas próximas semanas um novo patrocínio máster, na casa de R$ 100 milhões por ano. O clube tem na mesa propostas de diferentes casas de apostas.

Porém, as negociações para as outras propriedades são mais difíceis. Além de ser prejudicado pelas polêmicas fora de campo e pelo mau desempenho no Brasileirão, o clube esbarra no fato de muitas empresas já terem comprometidos seus orçamentos com publicidade para 2024.

Fonte: DA REPORTAGEM