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Safra de grãos pode bater o recorde na temporada 2024/25
12 de Junho de 2025 as 04h 22min

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 pode bater novo recorde, chegando a 332,9 milhões de toneladas. A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou nesta semana o 8º Levantamento da Safra. Se confirmada, a produção representará um aumento de 35,4 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.
A área cultivada também deve crescer 2,2%, totalizando 81,7 milhões de hectares, enquanto a produtividade média tende a avançar 9,5%, alcançando 4.074 quilos por hectare. O cenário de recuperação anima o setor, mas especialistas alertam que o desempenho no campo precisa ser acompanhado de boas decisões para garantir rentabilidade.
Robson Rizzon, diretor comercial da Orbia, elenca quatro pontos de atenção para que os produtores aproveitem ao máximo o ciclo 2024/25: planejamento, acesso ao crédito, uso de tecnologias sustentáveis e investimento em defensivos genéricos.
Planejamento é o pilar da rentabilidade. De acordo com Rizzon, ao antecipar decisões, o produtor consegue comprar insumos em momentos mais vantajosos, minimizar riscos climáticos e ajustar a produção às oscilações de mercado. A análise prévia de variáveis como taxa de juros, câmbio e oferta de crédito permite maior previsibilidade no manejo.
O crédito digital é outro fator essencial. O acesso a financiamento sem burocracia tem se tornado uma alternativa estratégica. “Com poucos cliques, o agricultor pode obter crédito ajustado à sua realidade, levando em conta cultura, região e capacidade financeira”, afirma o executivo.
A tecnologia sustentável também ganha protagonismo. A adoção de insumos biológicos avançou no Brasil, movimentando R$ 5 bilhões em 2023/24, segundo a McKinsey, com alta de 15% sobre o ciclo anterior. A tendência é de manutenção ou ampliação desses investimentos nos próximos anos, segundo 70% dos produtores ouvidos.
Além disso, a digitalização do agro permite que o produtor concentre, em uma única plataforma, desde a compra de insumos até o acesso a crédito e benefícios, o que ajuda a reduzir riscos operacionais e aumenta a eficiência no campo.
Os defensivos genéricos são mais uma estratégia de corte de custos. Dados do Sindiveg indicam que esses produtos podem custar até 25% menos do que os patenteados, mantendo a mesma eficiência agronômica. “É uma ferramenta que reduz o custo de produção sem comprometer o desempenho”, observa Rizzon.
Com margens pressionadas e custos elevados, o planejamento de médio e longo prazo será decisivo. A safra 2024/25 representa uma chance para o agricultor consolidar práticas eficientes, ampliar o uso de tecnologias e reforçar a competitividade da agricultura nacional diante de um mercado cada vez mais exigente.
Fonte: DA REPORTAGEM
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