Sampaoli aponta principal dificuldade para ganhar jogos: “último terço”

21 de Outubro de 2025 as 16h 30min

Jorge Sampaoli apontou o principal problema do Atlético-MG na derrota para o Corinthians, por 1 a 0, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. E ressaltou que esse obstáculo tem sido recorrente para a equipe.

Segundo o treinador argentino, tem faltado contundência para os jogadores definirem as jogadas de ataque. “(A principal dificuldade é) a que vem se arrastando em todos os jogos. O último terço não consegue desnivelar, não consegue transformar volume em contundência. Assim se torna um pouco mais complicado”.

Contra o Corinthians, o Atlético pouco produziu. Na etapa inicial, não levou grande perigo ao gol de Hugo Souza. No segundo tempo, chegou a carimbar o travessão, mas levou o gol logo em seguida.

“Nós estávamos tendo um pouco de dificuldade no último terço com a pegada, com a contundência. Esse é o problema que tem a equipe. Se não tivesse, hoje, talvez, não terminaria derrotada”. 

O Atlético está entre os piores ataques do Brasileirão, com apenas 26 gols marcados em 28 jogos disputados. “Tem a ver com conexões e com a capacidade individual. Quando tivermos a possibilidade de melhorar nesse aspecto, seguramente teremos melhores resultados e finalizações”.

O Galo tem agora o desafio contra o Independiente del Valle pelas semifinais da Sul-Americana. O jogo de ida é nesta terça-feira (21) no Equador, a partir das 20h30.

ATAQUE INOFENSIVO

O Atlético-MG perdeu mais uma partida como visitante no Brasileirão. Com uma equipe alterada, o Galo foi derrotado pelo Corinthians, por 1 a 0, na NeoQuímica Arena. Em campo, um time reativo, sem agredir a equipe adversária e que não consegue criar para vencer. Antes do primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana, competição que o clube apostas todas as suas fichas, o Atlético ampliou uma sequência ruim como visitante e segue com alerta ligado para o Z-4 no Brasileiro.

Pensando no jogo de ida da semifinal da Sul-Americana, contra o Independiente del Valle na terça-feira, no Equador, Sampaoli mexeu na equipe, poupando alguns jogadores. O Galo começou com Everson, Saravia, Vitor Hugo, Ruan Tressoldi, Alonso, Caio, Alan Franco, Fausto Vera, Igor Gomes, Biel e Hulk.

Em casa, o Corinthians iniciou pressionando o Atlético, que não teve a posse de bola. O time defendia com uma linha de cinco e teve Saravia e Caio como alas pelas beiradas do campo.

O Galo ficou recuado no campo defensivo e viu o Corinthians jogar. As melhores chances do Atlético foram na bola longa ou contra-ataque. Destaque para Biel, que era o jogador que mais teve participação na frente. O primeiro tempo foi truncado, com muitas faltas e com a arbitragem parando o jogo toda hora.

Hulk, mais uma vez, fez uma partida apagada, longe do gol, com funções de voltar para ajudar na marcação. Ao fim do primeiro tempo, o time da casa tinha 70% de posse de bola, contra 30% do Galo. Foram cinco finalizações do Corinthians, e três do Galo, mas nenhuma no gol.

Sampaoli sacou Saravia, amarelado, e colocou Natanael no intervalo. O time parecia ter voltado melhor para o gramado. Vitor Hugo acertou a trave logo nos minutos iniciais, mas, na sequência, Maycon encontrou um belo chute de fora da área, sem chance para Everson: 1 a 0.

O Galo teve que sacar os titulares do banco. Biel e Igor Gomes saíram para a entradas de Bernard e Dudu. O camisa 92 foi para o lado do campo, Hulk ficou centralizado. Scarpa e Arana também foram para o jogo. Era a tentativa de Sampaoli de arrancar ao menos um ponto em Itaquera.

O Corinthians ainda poderia ter ampliado. Memphis finalizou de dentro da área para fora aos 13 minutos. Bernard e Dudu deram mais mobilidade ao ataque alvinegro, que teve que sair da postura reativa e propor o jogo.

É de se entender as escolhas de Sampaoli para escalar o time pensando na Sula. É a única chance de Galo voltar a disputar a Libertadores ano que vem. Todas as fichas estão apostadas na competição internacional. Mas o enredo do ano passado não pode se repetir. Tem que olhar para o Brasileirão com atenção para somar pontos e não correr riscos.

Fonte: DA REPORTAGEM