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“Sei dos equívocos do Novo Ensino Médio”, diz ministro, interrompido por estudantes
26 de Maio de 2023 as 14h 51min

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que “houve equívocos” na elaboração do Novo Ensino Médio e que, por isso, o Ministério da Educação (MEC) passou a ouvir professores, estudantes e estados.
A fala ocorreu após estudantes interromperem evento que o ministro participava, em Cuiabá, e protestarem contra a reforma no ensino médio.
A visita do ministro ao estado cumpriu o objetivo de assinar a retomada das obras em escolas da educação básica no interior do estado. O governador Mauro Mendes estava prestes a falar quando dois estudantes, que estavam credenciados para participar da cerimônia, levantaram cartazes e interromperam a solenidade com gritos de “revoga já!”.
Em seguida, o ministro Santana se levantou e disse que “houve equívocos no Novo Ensino Médio”, e que o Ministério da Educação (MEC) “está ouvindo os estudantes, professores e, sobretudo, os estados”.
“Eu sei dos equívocos do Novo Ensino Médio. Eu fui governador e sei da falta de diálogo que teve nessa implantação desse processo. Desde de 8 de março, nós abrimos uma consulta pública para ouvir instituições, entidades e recriei o Fórum Nacional de Educação”, afirmou.
Segundo o ministro, o Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017, durante a gestão do então presidente Michel Temer (MDB). “Já estava em implantação desde o ano passado e, num país democrático, temos que fazer é abrir o diálogo. É o que tenho feito e abri uma portaria para ouvir estudantes, pra ouvir professores e pra ouvir os estados. Porque são os estados que implementam o ensino médio, não é o MEC. E quem revoga não é o MEC, é o Congresso Nacional, conforme a lei. Então, o que a gente precisa fazer é dialogar, é construir consensos”, disse.
RETOMADA DE OBRAS
A cerimônia também contou com a presença de prefeitos e autoridades. O pacto nacional firmado entre o estado e o MEC, prevê investimentos de R$ 4 bilhões, para finalizar 3,5 mil obras que estão paradas.
O ministro seguiu para Rondonópolis, para inaugurar o Centro Municipal de Educação Infantil “Carlos Alberto de Carvalho” e o Centro de Saúde da Universidade Federal de Rondonópolis.
NOVO ENSINO MÉDIO
É um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas. A lei estipula aumento progressivo da carga horária. Antes, no modelo anterior, eram, no mínimo, 800 horas-aula por ano (total de 2,4 mil no ensino médio inteiro). No novo modelo, a carga deve chegar a 3 mil horas ao final dos três anos.
Desde 2022, as disciplinas tradicionais passaram a ser agrupadas em áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas).
IMPACTO AOS ESTUDANTES
O Novo Ensino Médio foi instituído por meio de uma lei federal específica; os principais eixos da reforma só podem ser mudados com uma nova legislação aprovada pelo Congresso.
Ou seja, no dia a dia das escolas, nada mudaria: os alunos permaneceriam com a nova grade horária, nova divisão de disciplinas e a possibilidade de receberem formação técnica-profissional.
O tal cronograma - provisoriamente suspenso pelo MEC - estabelece prazos para mudanças em avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Se esse calendário se mantiver suspenso mesmo após conclusão das discussões sobre o tema, as provas não seriam mais modificadas em 2024, como previsto inicialmente.
Segundo os críticos, os principais afetados seriam os alunos da rede pública: especialistas apontam que as redes estaduais passaram a oferecer disciplinas alternativas e dar menos peso às tradicionais, enquanto as privadas têm mais estrutura para ofertar os dois tipos de conteúdo.
Fonte: DA REPORTAGEM - G1-MT
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