Serviços recuam 1,1% e MT tem pior resultado da região

21 de Maio de 2025 as 12h 51min

Mato Grosso foi o único estado do Centro-Oeste a registrar retração no volume de serviços no primeiro trimestre de 2025. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, o estado fechou o período com queda de 1,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O desempenho negativo contrasta com a média nacional, que registrou alta de 2,4% entre janeiro e março. Entre os vizinhos regionais, todos os outros estados apresentaram crescimento. O destaque foi o Distrito Federal, com avanço de 6,5% no período. Goiás subiu 4,6% e Mato Grosso do Sul, 1%.

A variação negativa em Mato Grosso reflete oscilações bruscas nos resultados mensais do setor. Em janeiro, o estado teve queda de 2,1%. Em fevereiro, houve forte recuperação com salto de 31,5%. Mas em março o cenário voltou a se deteriorar, com nova retração, desta vez de 9,2%.

O setor de serviços é um dos principais indicadores da atividade econômica, e os números preocupam ao sinalizar perda de fôlego. A situação se agrava no segmento de atividades turísticas, onde Mato Grosso também teve o pior desempenho do país.

Segundo o IBGE, as atividades turísticas recuaram 8,1% no estado no acumulado do trimestre, tanto na comparação mensal quanto anual. A retração é a maior entre os estados avaliados, apontando uma perda de dinamismo justamente em um setor considerado estratégico para a diversificação econômica mato-grossense.

Na média nacional, os serviços tiveram variação positiva de 0,3% em março, após alta de 0,9% em fevereiro. Com isso, o setor acumula alta de 1,2% nos dois primeiros meses do ano, operando atualmente 0,5% abaixo do maior nível da série histórica, registrado em outubro de 2024.

Apesar do recuo pontual em março, o setor segue em trajetória de recuperação no Brasil, com o volume de serviços 16,9% acima do patamar pré-pandemia — marco estabelecido em fevereiro de 2020.

Especialistas apontam que a instabilidade do setor em Mato Grosso pode estar relacionada a fatores sazonais e à baixa no turismo interno, além de desafios no transporte e na logística de serviços.

Para analistas do setor, o estado precisa observar de perto os próximos meses, pois a recuperação de fevereiro não conseguiu se sustentar. O impacto também pode se refletir na geração de empregos e na arrecadação.

Fonte: DA REPORTAGEM