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Domingo, 06 de Julho de 2025

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Sinais persistentes podem indicar câncer de cabeça e pescoço

06 de Julho de 2025 as 05h 14min

País deve registrar aproximadamente 39.550 novos casos por ano entre 2023 e 2025 – Foto: Divulgação

O dia 27 de julho marca o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Criada pela Federação Internacional de Sociedades de Oncologia, a data tem como objetivo chamar atenção da população para a prevenção e o diagnóstico precoce de uma doença que ocupa o sexto lugar entre os tipos de câncer mais frequentes no mundo — e que, no Brasil, ainda é majoritariamente descoberta em estágios avançados.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar aproximadamente 39.550 novos casos por ano entre 2023 e 2025, somando quase 120 mil diagnósticos em apenas três anos. Só o câncer de boca deve atingir mais de 15 mil pessoas anualmente; o de tireoide, 16.600; e o de laringe, cerca de 7.790 casos por ano.

Esses tumores atingem áreas como boca, língua, gengivas, garganta, amígdalas, laringe, glândulas salivares e tireoide. De acordo com a dentista Janini Rosas, integrante do Grupo Técnico de Cabeça e Pescoço da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP), cerca de 80% dos pacientes recebem o diagnóstico tardiamente. “A grande maioria só procura atendimento quando os sintomas já se agravaram e isso reduz significativamente as chances de cura”, afirma.

Ela alerta para sinais que podem parecer comuns, mas não 
devem ser ignorados: feridas na boca que não cicatrizam em até duas semanas, rouquidão persistente, dor de garganta prolongada, caroços no pescoço, dificuldade para engolir, sangramentos incomuns, perda de peso sem explicação e inchaço na mandíbula ou no rosto. “Esses sintomas muitas vezes são confundidos com problemas simples, como infecções ou inflamações passageiras, mas é fundamental buscar avaliação médica se eles persistirem”, orienta Janini.

A maioria dos casos se concentra entre pessoas com idade entre 50 e 70 anos, embora alguns subtipos, como o câncer de tireoide, sejam mais comuns entre mulheres jovens, com idades entre 18 e 35 anos. O tabagismo e o consumo frequente de bebidas alcoólicas estão entre os principais fatores de risco, além da exposição solar sem proteção (especialmente perigosa para os lábios), infecção pelo HPV e o contato ocupacional com poeiras e substâncias químicas.

A dentista destaca ainda a importância do papel dos profissionais da odontologia no diagnóstico precoce. “O dentista pode ser o primeiro a identificar uma lesão suspeita durante uma consulta de rotina. Ele está capacitado para solicitar exames, realizar biópsias e, inclusive, participar do processo de reabilitação do paciente após o tratamento oncológico”, explica.

O tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço está disponível no SUS e inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e suporte com equipes multidisciplinares, como fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos.

Janini reforça que o diagnóstico precoce é decisivo para o sucesso do tratamento. “Se identificado no início, o câncer de cabeça e pescoço tem até 90% de chance de cura. Por isso, não dá para esperar: qualquer sinal fora do comum deve ser investigado o quanto antes”, enfatiza.

Apesar dos avanços na área oncológica, o cenário brasileiro ainda inspira cuidados. Excluindo os cânceres de pele não melanoma, os tumores de cabeça e pescoço estão entre os mais frequentes entre os homens em todas as regiões do país.

No Sudeste, por exemplo, é o quarto tipo mais comum entre eles. No público feminino, o câncer de tireoide aparece como o mais recorrente entre os tumores localizados na cabeça e no pescoço, seguido pelos de boca e orofaringe.

O mês de julho, com a campanha Julho Verde, reforça a importância da informação como ferramenta de prevenção. E o recado dos especialistas é claro: sintomas persistentes devem ser levados a sério. A saúde da boca e da garganta também precisa de atenção contínua. “O silêncio do corpo pode ser perigoso. Se você percebe algo diferente, não espere. A chance de salvar vidas está no tempo de resposta”, finaliza Janini.

Fonte: DA REPORTAGEM

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