Tamanduá cega é levada a Santuário de Elefantes para reabilitação

20 de Setembro de 2023 as 16h 15min

Um tamanduá-bandeira fêmea que foi atropelada e resgatada pelo Corpo de Bombeiros no dia 7 de agosto foi levada ao Santuário dos Elefantes, em Chapada dos Guimarães, na última sexta-feira (15), onde continuará a reabilitação para tratar as sequelas do acidente.

De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT), o atropelamento deixou o animal cego e, por isso, não pode ser reinserido na natureza.

No dia do acidente, o tamanduá estava acompanhado de um filhote, que não sofreu ferimentos, e foi encaminhado junto com a mãe para o Santuário. A secretaria informou que o filhote deve ser reabilitado e, futuramente, reintegrado à natureza.

O acidente ocorreu no dia 7 de agosto deste ano próximo à Rodovia Transpantaneira. Uma pessoa que passava pela estrada viu a fêmea de 36 quilos ferida e acionou o Corpo de Bombeiros para realizar o resgate.

Os bombeiros entregaram o animal para o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), que o encaminhou para uma clínica parceira em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

Os veterinários constataram que o filhote estava sem lesões, mas que a mãe encontrava-se em estado grave, com risco de morte considerável. A Sema relatou que ela passou os primeiros 15 dias se alimentando com a ajuda de sonda. Após 40 dias de internação, o animal foi levado para o recinto ecológico.

SANTUÁRIO DE
ELEFANTES

A Associação Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que resgata elefantes cativos em situação de risco, oferecendo-lhes o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro.

O Santuário está localizado no município de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. O espaço tem o apoio de duas renomadas organizações internacionais de defesa e estudo dos elefantes, ElephantVoices e Global Sanctuary for Elephants.

Atualmente, o Santuário tem seis habitantes: Maia, Rana, Lady, Mara, Bambi e Guillermina, todas elefantas asiáticas que foram resgatadas após décadas de suas vidas trabalhando em circos e zoológicos.

Os animais vivem em uma área de aproximadamente 1,1 hectares, que era uma antiga fazenda utilizada para a criação de gado. As elefantas vivem soltas e o espaço não é aberto para visitação do público.

RECOMENDAÇÕES

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), ao se deparar com animais silvestres em área urbana ou rural, é recomendado que a população acione a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros para o resgate. O procedimento é importante para evitar riscos desnecessários tanto a saúde tanto do animal como do cidadão, explica a Secretaria.

Fonte: DA REPORTAGEM