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“Tapa na cara de todas nós mulheres”
22 de Março de 2024 as 19h 13min

Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe de delegação da seleção brasileira nesta data Fifa de março, adotou discurso contundente nesta semana ao comentar os recentes julgamentos dos ex-jogadores Daniel Alves e Robinho por estupro.
Em Londres, na Inglaterra, onde está com a Seleção, Leila Pereira foi perguntada se as condenações de Daniel Alves e Robinho são comentadas na delegação brasileira e afirmou: “Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse Leila.
Na última quarta, os casos de Daniel Alves e Robinho tiveram desdobramentos. A Justiça de Barcelona aceitou o pedido da defesa do ex-lateral para deixá-lo em liberdade provisória enquanto os recursos dele são julgados.
Para isso, Daniel Alves terá de pagar fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões), entregar os passaportes brasileiro e espanhol, e se manter afastado por 1km e incomunicável com a vítima, além de se apresentar ao tribunal semanalmente. No mês passado, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro.
Já em relação a Robinho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que ele deve cumprir pena por estupro no Brasil. Robinho foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça da Itália, por um crime de estupro ocorrido em 2013. Quando houve a decisão em última instância, em janeiro de 2022, o ex-atacante já estava no Brasil. Como o país não extradita seus cidadãos, a Itália pediu o cumprimento da pena em território brasileiro.
JOGADORAS SE
MANIFESTAM
As palavras de Leila Pereira foram as primeiras de autoridades ligadas à CBF sobre os casos de Daniel Alves e Robinho - condenados por estupro pelas Justiças da Espanha e da Itália. Depois disso, jogadoras do futebol feminino passaram a usar as redes sociais nesta quinta-feira para falar dos casos.
Ary Borges e Kerolin, atletas da seleção e com passagem no Palmeiras, foram as primeiras a se posicionarem. “Leila, gigante, como mulher se posicionou e digo mais, mostrou como pessoas que tem voz, espaço, influência poderiam se posicionar. Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem sairão ilesas?”, questionou Kerolin, que está no North Carolina Courage, nos Estados Unidos.
“Ela mostrou que é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?”, questionou Ary, que está no Racing Louisville, nos EUA.
Ary Borges e Kerolin costumam ser vozes ativas pelos direitos das mulheres no futebol feminino, e ambas passaram pelo Palmeiras em diferentes momentos da carreira.
Kerolin chegou a assinar com o Verdão em janeiro de 2019, mas um mês depois foi anunciado que ela havia falhado em um teste de doping feito ainda pelo Audax, na Libertadores de 2018. Ela cumpriu a suspensão e voltou a atuar em 2021. Ary, por sua vez, chegou ao Palmeiras em 2020 e permaneceu por três anos, sendo campeã da Copa Paulista, Paulistão e da Libertadores.
Fonte: DA REPORTAGEM
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