Taxa de analfabetismo cai em MT

02 de Julho de 2025 as 16h 10min

Mato Grosso reduziu sua taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 a 59 anos para 3,8% em 2024, segundo dados do IBGE. O estado superou a meta da Secretaria de Educação e registrou o menor índice desde 2016. O comentário é de Clemerson Mendes.

Mato Grosso tem colhido frutos importantes no que diz respeito à educação de jovens e adultos. A queda da taxa de analfabetismo para 3,8% entre pessoas de 15 a 59 anos não é apenas uma meta batida no papel — é um indicativo de transformação social em curso. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados pelo IBGE, revelam que o estado alcançou o menor índice desde 2016 e agora está bem abaixo da média nacional, que é de 5,3%.

Em um país onde o acesso à educação ainda é desigual e repleto de gargalos, cada ponto percentual de redução no analfabetismo representa mais que um número: significa inclusão, dignidade e oportunidade. Superar a meta estabelecida pela Seduc — que era de 4% — comprova que políticas públicas bem desenhadas e com financiamento adequado têm impacto real.

O programa Mais MT Muxirum tem sido protagonista nesse processo. Desde 2021, mais de 62 mil pessoas foram alfabetizadas por meio da iniciativa, que já recebeu investimentos superiores a R$ 64 milhões. Para 2024, a meta é ousada: alfabetizar mais 17 mil mato-grossenses, com apoio dos 142 municípios do estado e R$ 16,4 milhões garantidos no orçamento.

Mas o dado que merece ainda mais atenção é o recorte entre pessoas com 60 anos ou mais: em 2016, o analfabetismo nessa faixa etária era de 24,6%. Hoje, caiu para 15,7%. Isso mostra que o avanço educacional não está restrito às gerações mais jovens — está alcançando quem, por muito tempo, foi deixado para trás.

A redução do analfabetismo é um divisor de águas para o desenvolvimento de qualquer estado. Um cidadão alfabetizado tem mais chance de conseguir emprego, de se proteger contra golpes, de participar politicamente da sociedade, de acessar serviços públicos e, acima de tudo, de se expressar plenamente.

Fonte: DA REPORTAGEM