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Tecnologias ajudam a garantir padrões de qualidade na comercialização
04 de Dezembro de 2024 as 10h 57min
Processos claros geram confiabilidade e segurança a toda a cadeia – Foto: DivulgaçãoSegundo o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos no Brasil poderá chegar a 322,47 milhões de toneladas.
O volume representa um crescimento de 8,3% em relação ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a mais do que no ciclo anterior. Se confirmado, o resultado estabelecerá, ao final do ano agrícola, um novo recorde na série histórica.
Tão expressiva previsão chama a atenção para um ponto muito importante: a qualidade dos grãos, tema que frequentemente gera divergências entre produtores e compradores (cooperativas, cerealistas, traders ou indústrias). A classificação determina a saúde dos grãos, o grupo, a classe e o tipo de avarias.
Além disso, também são verificados os limites de umidade e a quantidade de impurezas. “É fundamental para o agricultor e para as unidades de beneficiamento realizar essa operação para que não haja nenhuma dúvida em relação à qualidade do que foi entregue. O desconhecimento dessas características ou dos padrões pode gerar inúmeros prejuízos”, diz Graciele Lima, head de produtos de agronegócio na Senior Sistemas.
De acordo com a especialista, uma pesquisa recente com um cliente da empresa mostrou, por exemplo, que, se houvesse 1% de erro na operação durante o registro dessas classificações, o resultado somente para aquela companhia seria um prejuízo de R$ 5 milhões. “Erros ou fraudes nesta etapa não apenas podem comprometer o processo de originação, como também colocam em risco as exportações das empresas, que podem ter seus lotes rejeitados devido à qualidade inferior”, acrescentou.
Devido à sua importância, o processo de classificação dos grãos, embora pareça simples, necessita de muita atenção. Isso porque, tanto a soja quanto o milho, depois da colheita, passam pelo processo de envelhecimento. Desta forma, a classificação vai apontar para o comprador ou para o vendedor o quão saudável está o produto. O fato coloca a tecnologia como importante aliada neste processo.
Ter esses dados é fundamental, por exemplo, para quem faz armazenagem por um período mais longo, pois garantirá a qualidade do produto dentro do silo.
Essa informação, que pode ser potencializada por tecnologias inovadoras, também é necessária para aqueles que extraem da soja a sua matéria-prima para a produção de óleo ou proteína.
“Saber a saúde dos grãos significa maior ou menor rentabilidade no fim do processo. Com os elevados preços das commodities no mercado internacional, se a qualidade do produto não estiver boa, ele vai sofrer um deságio e o produtor perderá dinheiro. Contudo, no caso contrário, quando é entregue uma soja ou milho com bons índices, a indústria pagará o valor de mercado”, diz Graciele.
DESAFIOS A SUPERAR
Embora a classificação seja uma prática comum nas empresas que compram grãos, o mercado brasileiro ainda enfrenta desafios significativos em termos de regulamentação e padronização. Entre os principais gargalos está a falta de exigência legal para a presença de um classificador oficial habilitado pelo Ministério da Agricultura.
Essa ausência resulta em procedimentos informais, conduzidos, muitas vezes, por funcionários treinados internamente. “Por esse fato, muitas vezes pode ocorrer discrepância na qualidade e na confiabilidade dos resultados, impactando tanto produtores quanto compradores. Portanto, é necessário criar uma regulamentação específica para a atividade e para toda a cadeia produtiva de grãos no Brasil”, destacou.
Entre as alternativas para mudar esse cenário está a integração entre a operação prática e o backoffice, o que pode revolucionar a gestão de informações, oferecendo soluções eficazes para potenciais desafios. “Em alta safra, por exemplo, temos uma média de 300 caminhões/cargas por dia em cada unidade de recebimento. Ou seja, uma empresa com 10 unidades de recebimento pode gerar 3 mil tickets de classificação. Com essa integração, a avaliação de resultados pode se tornar muito mais ágil, prática e segura”, finaliza a profissional.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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