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UFMT adota medidas emergenciais e realiza ato público em defesa da educação
11 de Maio de 2019 as 00h 00min

ASSESSORIA
DE IMPRENSA
Nesta terça-feira (8), membros da administração superior, diretores de unidades acadêmicas dos cinco Câmpus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)e representantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Sintuf/MT) e da Associação dos Docentes (Adufmat - Seção Sindical), se reuniram para discutir medidas emergenciais para a continuidade do funcionamento da universidade até o término do primeiro semestre de 2019. Na oportunidade, o grupo também decidiu pela realização de um ato unificado em defesa da educação pública na próxima quarta-feira (15).
As medidas são necessárias depois que o Governo anunciou um corte de 30% nas verbas para Educação efetuadas pelo Ministério da Educação (MEC). Dentre as medidas apontadas estão a diminuição de viagens de estudantes para eventos de pesquisa e para aulas de campo; a suspensão dos editais de mobilidade entre as instituições públicas de ensino superior de Mato Grosso previsto para 2019 e de mobilidade internacional para técnicos em educação; e a redução dos recursos voltados para capacitação dos servidores.
A prioridade da UFMT é trabalhar para reverter, o mais rápido possível, o bloqueio. Conforme explica a reitora da UFMT, professora Myrian Serra, “se isso não ocorrer, os contratos não serão honrados, o que inviabilizará o funcionamento da universidade no segundo semestre”.
Duas das áreas mais afetadas devem ser as de pesquisa e de ensino de pós-graduação. Além da diminuição nos investimentos com laboratório, insumos de pesquisa e equipamentos, o bloqueio de 30% torna todas as ações da universidade insustentáveis pela falta de energia, limpeza e segurança, explicou a pró-reitora de Pesquisa, professora Patrícia Silva Osório.
A pós-graduação também sofre o impacto no corte das bolsas, o que fragiliza os 66 programas existentes. “A médio prazo, isso impede a formação de profissionais de ponta para a região e, a longo prazo, compromete todo o desenvolvimento científico, econômico e social”, disse a pró-reitora de Ensino de Pós-Graduação, professora Ozerina Victor de Oliveira.
Atualmente, a UFMT possui mais de 680 projetos de extensão atuando diretamente nas comunidades em que se insere e esse número chegaria a mil até o final do ano. No entanto, o bloqueio pode inviabilizar a continuação desses projetos. Para o professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, “se a universidade paralisa, todos esses programas e projetos vão deixar de ser atendidos. São muitas atividades ligadas à cultura, à saúde, ao conhecimento que impactam diretamente na população”.
Ato público unificado
O grupo entendeu que a principal ação é a de caráter político. Por isso, decidiu encaminhar ampla mobilização, com ato unificado em defesa da educação pública, na próxima quarta-feira (15 de maio). No período da manhã, a mobilização será nos câmpus e, à tarde, em ruas e praças ainda não definidas.
O representante estudantil Rauge da Silva Lemos salientou a necessidade de uma mobilização social em prol das instituições públicas de ensino superior. “Para estudantes como eu, que vieram de famílias pobres, a universidade pública é a oportunidade de mudança de vida. O bloqueio é triste, mas não me desanima, pois temos vontade de lutar para conquistar melhores condições de ensino e porque queremos que outras pessoas como eu tenham acesso à universidade pública e de qualidade”, disse.
Já a representante dos técnicos em Educação de Várzea Grande Denize da Silva Mesquita afirmou que o bloqueio é um ataque às universidades e pode vir a comprometer sua existência, por isso a importância de uma manifestação pública em defesa delas.
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