Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Quinta Feira, 13 de Março de 2025

Noticias

Uma epidemia chamada feminicídio

26 de Janeiro de 2024 as 17h 52min

Um casal vivendo em apartamento de luxo, no litoral. Eis a vida que muita gente pediu a Deus. Porém, a morte de Eduarda Gorgik e de seu marido, Sergio Correa, em Itapema, Santa Catarina, evidencia que nem todo conto de fadas tem um final feliz.

A polícia ainda investiga o caso, mas tudo teria começado com uma discussão em um churrasco. A principal hipótese é de que, no último dia 14, o homem teria atirado em sua companheira e contra si mesmo. 

Para quem vive atrás de notícia, não chega a surpreender. Revirando portais, rádios e TVs, vejo pelo menos um fato desse tipo por dia. O mais comum são dois. Prova disso aconteceu no domingo (21), quando um homem de Camboriú, ao lado de Itapema, esfaqueou a própria esposa após uma suposta traição. 

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre janeiro e outubro de 2023, foram 1.158 feminicídios em todo o país, vitimando uma média de quatro mulheres por dia. 

Porém, esses são só os casos denunciados à polícia, e quanto àqueles em que a agressão não resultou em ferimento grave e ninguém fica sabendo?

Primeiro as damas?

Segundo o Censo 2022, 51,5% da população são mulheres. Entretanto, na política os números não chegam nem perto desse percentual. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições municipais de 2020, foram eleitas 651 prefeitas e 4.750 prefeitos. Nas câmaras municipais, são 9.196 vereadoras e 48.265 vereadores. 

Isso explica muita coisa porque só quem sente na pele sabe como é. Como quem não tem voz não é ouvido, as eleições de 2024 estão aí para mudar isso. Basta pensar, quem vota igual pode ter resultados diferentes?

Enquanto a vida segue, fica a questão: e se o brasileiro se indignasse com os níveis de violência contra mulher com a mesma gana com que defende Lula ou Bolsonaro na internet? Talvez, se a Bolsa de Valores caísse a cada feminicídio que aparecesse na mídia, a coisa já estaria em uma situação diferente. Mas o tema não parece ter essa importância toda, afinal, são apenas as nossas esposas, filhas, irmãs, amigas... Vai ver, existem assuntos mais importantes nesse país. 

Enfim, para quem questiona a gravidade do tema, fica a pergunta: e se Maria, mãe de Jesus, fosse uma dessas mulheres?

Fonte: FERNANDO RINGEL É JORNALISTA E PROFESSOR UNIVERSI

Veja Mais

Mato Grosso comercializa quase 38% do milho 24/25

Publicado em 13 de Março de 2025 ás 13h 28min


Veja como premiação da Copa do Brasil muda rotina dos pequenos

Publicado em 13 de Março de 2025 ás 12h 27min


Preço do algodão impulsiona a comercialização de pluma em MT

Publicado em 13 de Março de 2025 ás 11h 26min


Jornal Online

Edição nº1501 - 14/03/2025