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Quinta Feira, 25 de Setembro de 2025

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Um país verde e caramelo

09 de Novembro de 2022 as 17h 02min

O brasileiro é como o mato, que nasce sem ninguém ter plantado, mas está ali. Pode até jogar veneno, carpir o terreno, mas quando for ver, nasce de novo até mesmo no asfalto ou concreto.

E foi mais ou menos assim que o país sobreviveu à eleição desse ano, tão pesada que no dia seguinte, a segunda-feira pareceu Ano Novo.

Mas como as manifestações pelo país mantiveram a temperatura alta, depois do feriado de Finados, parecia segunda-feira de novo!

Uma semana com “duas segundas” não é para qualquer um, e para provar que muita coisa está fora do lugar, ainda faz frio em novembro!

Enquanto o mês segue aos trancos de barrancos, o brasileiro já começa a enxergar algo além de política no uniforme da seleção brasileira. Pelo menos alguns.

Para quem ainda está em abstinência de pesquisa eleitoral, previsão do futuro e teorias da conspiração, o álbum da Copa do Mundo foi lançado em agosto pela Panini, e errou apenas um dos jogadores convocados pelo técnico Tite!

Coisa de vidente ou será que a CBF tem a ver com isso? Os grupos de “zapzap” fervem com esse tipo de história, mas ao menos essa é inofensiva. E assim, o cotidiano vai sendo temperado com um pouco de bobagem, necessária para que a vida siga em frente.

É aí que a internet salva a pátria com uma produção de memes em escala industrial, como o já clássico “Patriota do Caminhão”, fazendo o brasileiro digerir a realidade por meio do humor. Se houvesse um gênio capaz de transformar meme em dinheiro, faria do Brasil o país mais rico do mundo! Quem dera, se tudo fosse tão simples como nas piadas...

Correndo atrás do próprio rabo

Porém, a vida é coisa séria e fica difícil alcançar o Primeiro Mundo se um governo desfaz o que o outro fez. Essa é a história do Brasil, idas e vindas, e 2023 já se aproxima com a expectativa de um “revogaço”.

A ideia é anular as medidas ambientais que o ex-ministro, Ricardo Salles, chamou de “passar a boiada” e a facilitação no acesso às armas. Acredita-se que isso tornaria mais fácil atrair investimento estrangeiro para cá. No momento, esse é apenas um daqueles rumores jogados na imprensa para ver a reação da população e, se colar, segue-se em frente.

Da mesma forma, o novo governo aproveita a lua de mel com as urnas e tenta organizar sua base no Congresso, articulando o fim do “orçamento secreto”, ou “emenda de relator”, já para 2023.

Enfim, tudo muito complicado para a população, que em sua maioria vem do ensino público e já tem muito trabalho com seus próprios problemas. Se o brasileiro nasce e cresce como mato, ao menos que tenha um mínimo de paz. Isso serve para a população e para a economia.

A Bolsa de Valores, por exemplo, sorri quando o governo é estável e, ao conseguir enxergar mais longe, os investidores começam a fazer negócios. Isso vale para as maiores empresas do mercado, assim como para o assalariado que passa a se permitir pequenos luxos, e a cada cachorro quente, carro popular ou equipamento eletrônico vendidos, a economia vai acelerando.

Vivendo em meio à confusão desde os protestos para a Copa de 2014, a população está exausta. Há horas em que tudo fica tão complicado, que a única saída é simplificar. O país precisa ser pacificado para todo mundo ganhar mais dinheiro e por isso, a Copa desse ano surge como uma oportunidade.

Afinal, é melhor para o empresário vender camisas da seleção e bandeiras só para o eleitor do Bolsonaro ou para toda a população? As articulações para as próximas eleições já começam no fim do ano que vem e a vida se desenrola no esforço de cada um se melhorar diariamente. Há problemas que em muitos aspectos fazem o país ainda ser meio vira-lata, mas isso não é definitivo e o fato é que nunca fomos de briga.

Se for para comparar com um cachorro, o Brasil poderia ser um daqueles de boca preta, pelo caramelo, que tem em todo lugar e ninguém sabe de onde veio, mas vive sua vida simples e morre de velhice porque é livre de ódio ou rancor. E adota qualquer um que lhe faça um cafuné. Vida que segue.

Fonte: FERNANDO RINGEL É JORNALISTA E PROFESSOR UNIVERSI

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