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Uso estratégico é chave para evitar prejuízos com infestação parasitária
27 de Julho de 2025 as 04h 28min

Mesmo fora do pico de infestação, o parasitismo em bovinos continua sendo um desafio relevante nas propriedades pecuárias. Durante o inverno, os sinais muitas vezes passam despercebidos, mas o impacto na produtividade pode ser significativo. Por isso, o controle deve ser planejado com antecedência e de forma estratégica, considerando o ciclo dos parasitas e as particularidades de cada sistema produtivo.
Segundo Gibrann Frederiko, médico veterinário e promotor de vendas da Nossa Lavoura, entre novembro e abril, as altas temperaturas e a umidade favorecem a proliferação de parasitas como carrapatos, mosca-dos-chifres, bicheiras e helmintos gastrointestinais que se alojam nas pastagens.
No entanto, mesmo durante os meses mais secos e frios, quando a infestação costuma ser menos intensa, o problema persiste e pode impactar no desempenho dos bovinos ao longo de todo o ano. Em ambos os cenários, o parasitismo pode comprometer o desempenho dos animais, prejudicar o ganho de peso, a produção de leite, a fertilidade e a qualidade da carcaça.
Para evitar esses prejuízos, os produtores devem estar atentos aos sinais clínicos e comportamentais nos animais, como mucosas pálidas, diarreia persistente, perda de peso, apatia, pelo opaco, coceira constante, lesões na pele e a presença visível de parasitas externos, como carrapatos, bernes ou bicheiras. “O diagnóstico pode ser confirmado com exames laboratoriais, como análises parasitológicas de fezes e hemogramas, e deve ser acompanhado de inspeções clínicas periódicas”, complementa o especialista.
Nesse contexto, o conceito de DRB (Desempenho Reprodutivo e Produtivo Baixo) ajuda a identificar rebanhos com desempenho abaixo do esperado, muitas vezes como consequência direta de infestações parasitárias não controladas. A queda na taxa de ganho de peso, o aumento do intervalo entre partos e os custos elevados com tratamentos corretivos estão entre os sinais de que o problema pode estar comprometendo o resultado da fazenda.
Segundo Gibrann, o uso de vermífugos (medicamentos antiparasitários utilizados para combater vermes internos, principalmente helmintos gastrointestinais) deve ser parte de uma estratégia de controle contínua, e não apenas uma resposta pontual.
“A aplicação no momento correto contribui para interromper o ciclo dos parasitas e evitar a reinfestação tanto no rebanho quanto nas pastagens. Além disso, o uso estratégico e consciente reduz o risco de resistência aos princípios ativos, problema que tem se agravado em muitas propriedades devido ao uso repetitivo e indiscriminado de medicamentos antiparasitários”, explica.
Na escolha do vermífugo, é importante considerar o tipo de parasita predominante, a fase produtiva dos animais e o momento do ciclo produtivo. O tratamento deve ser baseado em diagnóstico técnico sempre que possível, com exames como o OPG (ovos por grama de fezes) para orientar a dosagem. Também é recomendado alternar os princípios ativos ao longo do tempo para evitar a resistência e aumentar a eficácia dos tratamentos.
“Ao observar a prevalência de helmintos gastrointestinais, o ideal é utilizar anti-helmínticos eficazes, como levamisois e avermectinas. Já ao identificar tristeza parasitária, a indicação é o uso de tratamentos para babesia, como imidocarb. Também é fundamental priorizar os bezerros e as vacas gestantes, que são os animais mais suscetíveis do rebanho”, explica Gibrann.
Além do uso de medicamentos, o especialista reforça a importância do manejo integrado, combinando práticas que reduzem a pressão parasitária na fazenda. Entre essas práticas estão a rotação de pastagens, a alternância entre espécies forrageiras, o controle biológico com fungos antagonistas, a limpeza regular de cochos e currais, o manejo da lotação animal e a utilização de endectocidas e ectocidas.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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